quinta-feira, 19 de novembro de 2009

INCERTO

Declina o dia.


A chuva, represa,

Solta-se, dura e fria.

Sinto-me vago e desassossegado.

Sem pressa de escolher a palavra certa

Que acerte com um mundo decepado.

De quantos ideais se faz um rumo?

De quantas crenças se faz a miragem?

Véus, labirintos, fumo..



Declino a esperança.

Quantas vezes te chamei pelo nome?

7 comentários:

  1. Zé,

    Um bonito poema, talvez um pouco melancólico...

    Que a esperança nunca decline, meu caro!NUNCA!

    Um abraço

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  2. a plavra «esperança» é declinável no sentido da gramática.Declina-se como se declina um verbo. Daí o significado do último verso.Apelei a ela pelo seu nome próprio...terei que a chmar por outros nomes?

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  3. Tomei declino por declina...
    É óbvio o erro. Mea culpa.
    Talvez.
    Estados de alma, assim, assim.

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  4. A Esperança é uma mera palavra, sem substância. Nem sequer é um sentimento. O único sentimento que lhe está na base é o medo. O resto é produto da imaginação: «espero ganhar a lotaria».A chamar por ela (à espera dela)é como acreditar em bruxarias, cartomantes...

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  5. Que tenha longa vida

    este novo espaço cultural!

    Bom fim de semana

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  6. Eis um poema adequado ao dia de chuva de hoje...

    Uma noite boa.

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