Canto do amor e da luta
Alguns criticam o poeta:
“Deste em cantar amores camarada?”
Sim, camarada, eu canto a ternura :
que beleza!
nos olhos negros!
Eternos fossem os beijos!
Outros acusam severos:
“Camarada, nesta hora de perigos deixa os lirismos!
Menos importam agora
os teus amores!”
Como? Acaso não escutas
a doce música dos lábios
nas teclas dos pianos?
Acaso a liberdade não é amor,
viver livremente?
Logo, sossega, cantarei como souber o martírio dos nossos heróis.
Contra as seitas declamo a unidade agora de novo necessária,
“Fascismo, nunca mais!”,
E proclamo em versos as crianças mortas
em Gaza,
pelos que construíram museus turísticos
com as sandálias das crianças gazeadas por iguais nazis.
Confia, meu amigo, democrata e patriota :
não beberico o chá das cinco
com as damas da moda,
nem verto lágrimas com o canto dos rouxinóis
ao luar.
Luto com as armas dos meus pobres versos!
Enquanto lembro os meus amores.
------------N. P. --------Maio 2025
terça-feira, 3 de junho de 2025
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