quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Um exemplo de arte contemporânea no Art Institute of Chicago
in ANOVIS ANOPHELIS blogspot. pt
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
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Na fonte dos teus olhos/ vivem os fios dos pescadores do lago da loucura./ Na fonte dos teus olhos/ o mar cumpre a sua promessa./ / Aqui, coração/ que andou entre os homens, arranco/ do corpo as vest...
Poema
Paul CelanAlemanha1920 // 1970Poeta
OlhosOlhos:
brilhantes da chuva que caiu
quando Deus me mandou beber.
Olhos:
ouro, que a noite me contou nas mãos,
quando colhi urtigas
e fiz arrepender as sombras dos Provérbios.
Olhos:
noite, que sobre mim resplandeceu, quando escancarei o portão
e atravessado pelo gelo invernoso das minhas fontes
saltei pelos lugares da eternidade.
Paul Celan, in "Papoila e Memória"
Tradução de João Barrento e Y. K. Centeno
brilhantes da chuva que caiu
quando Deus me mandou beber.
Olhos:
ouro, que a noite me contou nas mãos,
quando colhi urtigas
e fiz arrepender as sombras dos Provérbios.
Olhos:
noite, que sobre mim resplandeceu, quando escancarei o portão
e atravessado pelo gelo invernoso das minhas fontes
saltei pelos lugares da eternidade.
Paul Celan, in "Papoila e Memória"
Tradução de João Barrento e Y. K. Centeno
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
SolidãoA solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
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