Os assassinos
Na noite roxa, por entre pardos túmulos
disfarçando odores com perfumes caros
no céu baixo, passam depressa cúmulos.
Discursos que façam são letais disparos.
São os assassinos. Abrem valas nas cidades
levam à cama dos mártires a morte
nos altares instalam novas divindades
que ditam a minha, a tua, a vossa sorte.
São os assassinos. Levam-te a passear na rua
como se faz a um cão. Ensinam, fazem, encenam
e nunca saberá se é mentira ou se é verdade
Porque esta mostra-se vestida, nunca nua.
Por isso não és cúmplice, apenas te condenam
a errar enlouquecido pela cidade.
------------------N .P.------------------
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