sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pintor flamengo

Peter Paul Rubens

28/06/1577, Siegen, Alemanha
30/05/1640, Antuérpia, Bélgica
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
O pintor flamento Peter Paul Rubens em auto-retrato
Rubens nasceu na cidade de Siegen, na Vestfália (atualmente uma região da Alemanha), onde seus pais se encontravam exilados por apoiarem a luta dos Países Baixos pela independência da Espanha.

Rubens passou a maior parte de sua vida em Flandres (hoje parte da Bélgica).

 Ele só retornou à Antuérpia em 1587, após a derrota dos separatistas em Flandres e a morte de seus pais,

Interessado em arte, Rubens tornou-se, aos 15 anos, aprendiz de Adam van Noort. Ingressou depois no ateliê de Tobias Verhaeght e finalmente passou a trabalhar com Otto van Veen, o que lhe despertou a admiração pela Itália e pela cultura latina clássica.
Ao receber o título de mestre pela Corporação dos Pintores da Antuérpia, Rubens seguiu para Veneza e depois para Mântua, onde o Duque Vicenzo Gonzaga o empregou como seu pintor oficial.

Rubens viajou e estudou em Milão, Gênova, Florença e Roma, onde observou as pinturas de Michelangelo na Capela Sistina.

Depois de receber sua primeira encomenda, feita pelo cardeal da Áustria, Rubens foi solicitado a realizar diversas outras obras, principalmente pinturas para igrejas e retratos da aristocracia. Além de excelente pintor, Rubens era uma pessoa de bom relacionamento e grande simpatia.

Por essas qualidades, o duque de Mântua o enviou em missões diplomáticas, sobretudo na Espanha. Em Madri, Rubens conheceu a obra de Ticiano e Rafael na coleção real, e recebeu encomendas, como o famoso retrato eqüestre do duque de Lerma, primeiro-ministro de Filipe III.

Em 1608, Rubens retornou à Antuérpia, onde lhe foi oferecido o cargo de pintor da corte junto aos governantes espanhóis dos Países Baixos, o arquiduque Alberto e a arquiduquesa Isabel, filha de Filipe II da Espanha, que se tornou mecenas e amiga do pintor.

Rubens trabalhou novamente com seu antigo mestre Van Veen. Nessa época pintou "Sansão e Dalila". Em 1609, com uma trégua entre Holanda e Espanha, Rubens se casou com Isabel Brant e construiu uma bela casa em Antuérpia.

Organizou, então, um grande ateliê que até a sua morte chegou a produzir cerca de dois mil quadros. Contava com artistas promissores, dos quais vários se destacaram, como Brueghel e Van Dyck.

A fama de Rubens atingiu toda a Europa e ele recebeu encomendas de dirigentes como Filipe 3º e Filipe 4º, da Espanha, a rainha-mãe Maria de Médici, da França, e Carlos 1º, da Inglaterra. Pintou "O Rapto das Filhas de Leucipo", "A Derrota de Senaqueribe", "Alegoria de Paz e Guerra" entre outras obras.

A morte da esposa, em 1626, foi um duro golpe para Rubens. O pintor casou-se novamente em 1630. São dessa fase "O Julgamento de Páris" e "O Rapto das Sabinas".

Rubens morreu rico e bem-sucedido em tudo o que fez e deixou um imenso legado de arte barroca.
in UOL Educação

RUBENS

terça-feira, 1 de julho de 2014

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Pós-Modernismo

Nos anos 80 circula, uma vontade de participação e de desconfiança geral, o pós-modernismo.
Pós-modernismo é o nome dado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes, nas sociedades desde 1950.
Mas, existe o medo, o medo de mudança, o medo do novo e a perda do conservadorismo.
Ele nasce com várias mudanças na arquitetura e principalmente na computação, entra na filosofia nos anos 70 como crítica da cultura ocidental, ou seja, são mudanças gerais desde as artes até na tecnologia, e se alastra por todos os lados e meios, sem saber se é uma forma de decadência ou se é um renascimento cultural.
O pós-modernismo invadiu o cotidiano com a tecnologia eletrônica em massa e individual, onde a saturação de informações, diversões e serviços, causam um “rebu” pós-moderno, com a tecnologia programando cada vez mais o dia-a-dia dos indivíduos.
A importância do pós-modernismo na economia foi “mostrar” aos indivíduos a capacidade de consumo, a adotarem estilos de vida e de filosofias, o consumo personalizado, usar bens e serviços e se entregarem ao presente e ao prazer.
Os pós-modernistas querem rir levianamente de tudo, nos quais encaram uma idéia de ausência de valores, de vazio, do nada, e do sentido para a vida.
A sociedade se torna emergente ou decadente, pois são baseadas nas sociedades pós-industriais na informação que tem como referencia o Japão, os EUA e os centros europeus.
A essência da pós-modernidade vem através das cópias e imagens de objetos reais, a reprodução técnica do real, significa apagar a diferença entre real e o imaginário, ser e aparência, ou seja, um real mais real e mais interessante que a própria realidade.

Um exemplo disso é a televisão, que aliada ao computador simula um espaço hiper-real, espetacular que excita e alegra.
O hiper-real simulado fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, no tamanho, nas suas propriedades, é quase um sonho, onde somos levados a exagerar nossas expectativas e modelamos nossa sensibilidade por imagens sedutoras.
O ambiente pós-moderno significa simulação, ele não nos informa sobre o mundo, ele o refaz à sua maneira, hiper-realizam o mundo, o transformando-o num espetáculo.
No ambiente pós-moderno à informação e à comunicação, é o que representa a realidade para o homem, que vieram ampliar e acelerar a circulação das mensagens através dos livros, jornais, cinema, rádio, TV.
Através destas mensagens, o homem procura sua imagem “comprando” discursos, para lhe proporcionar Status, bom gosto, na moda, na aparência, no narcisismo levando muitas vezes a extravagâncias, ou então imitando modelos exóticos.
No pós-modernismo o homem vive banhado num rio de testes permanentes, onde a informação e a comunicação transportam a impulsividade para o consumo.
Saturação, sedução, niilismo, simulacro, hiper-real, digital, desreferencialização, são consideradas senhas para “nomear” o pós-moderno, ele significa mudanças com relação à modernidade, ele é um fantasma que passeia por castelos modernos.
O individualismo atual nasceu com o modernismo, mas o seu exagero narcisista é o acréscimo pós-moderno, ele é um princípio esvaziador, diluidor, ele desenche, desfaz princípios, regras, valores, práticas e realidades, promove a dês-referencialização do real e a dês-substancialização do sujeito.
O pós-modernismo é eclético, mistura várias tendências e estilos sob o mesmo nome, ele é aberto, plural e muda de aspecto se passamos da tecnociência para as artes plásticas, da sociedade para a filosofia, ou seja, ele flutua no indecidível.


DO BOOM AO BIT AO BLIP

Simbolicamente o pós-modernismo nasceu em 1945, ali a modernidade, equivalente a civilização industrial, encerrou seu capítulo na história superando o poder criador e pela sua força destruidora.
Nos anos 60, foi a época de grandes mudanças e descobertas tecnológicas, sociais, artísticas, cientificas e arquitetônicas.
A sociedade industrial descende da máquina, de artigos de série padronizados, onde o ferro celebra a liberdade individual do burguês capitalista para o progresso, onde foi criado o Projeto Iluminista da modernidade, o desenvolvimento material e moral do homem pelo conhecimento, foi creditado o imenso progresso das nações capitalistas nos séculos XIX e XX, progresso fundado nas grandes fábricas, ferrovias, navegação e, claro, na exploração, com elas vieram o automóvel, o telefone, a TV, etc...
Completando o cenário moderno as metrópoles industriais, as classes médias consumidoras de moda e de lazer, surgiu a família nuclear , pessoas isoladas em apartamentos, e a cultura de massa (revistas, filmes, novelas,...), dando vitória a razão técnico-científica , inspirada no Iluminismo, a máquina fez a humanidade recuar seus hábitos religiosos, morais e foi ditado novos valores, mais livres, urbanos, mas sempre atrelados no progresso social.
Com a sociedade industrial e a multinacional, chegaram os serviços da tecnologia em geral, como informações e comunicações em tempo real, o que proporciona uma economia pela informação, isso constitui o cenário pós-moderno.
A sociedade industrial produz bens materiais, enquanto a pós-industrial consome serviços, isto é, mensagens entre pessoas. Comercio, finanças, lazer ensino, pesquisas cientificas não exigem fábricas com linha de montagem mas pedem um aceleramento no sistema de informação.
Codificar e manipular o conhecimento, a informação é vital para as sociedades pós-industriais, ou também chamadas de sociedades programadas, onde a programação da produção do consumo e da vida social significa projetar o comportamento.
O objetivo é aumentar a performance, e o desempenho.
As sociedades pós-industriais são programadas e perfomatizadas pela tecnociência para produzir mais e mais rápido tudo o que produzem, para facilitar a vida das pessoas, e com essa rapidez poupa-se tempo e dinheiro.
O ambiente pós-moderno é povoado pela cibernética, a robótica industrial, a biologia molecular, a medicina nuclear, a tecnologia dos alimentos, as terapias psicológicas, a climatização, as técnicas de embelezamento, o trânsito computadorizado, e os eletroeletrônicos.
Os indivíduos na condição pós-moderno são um sujeito “blip”, alguém submetido a um bombardeio maciço e aleatório de informações parcelares, que nunca formam um todo, e com importantes efeitos culturais, sociais e políticos. Pois a vida no ambiente pós-moderno é um show constante.
O sistema pós-industrial tem-se mostrado resistente aos mecanismos de luta modernos, como sindicatos e partidos.
O consumo e atuação no cotidiano são os únicos horizontes oferecidos pelo sistema. Onde surge o neo-individualismo pós-moderno, no qual o sujeito vive sem preconceitos, sem idéias, a não ser cultuar sua auto=imagem e buscar a satisfação aqui e agora.
No Brasil, o aparato do pós-moderno é ainda pobre, o pós-modernismo está nas ruas, nos mass media; óculos coloridos, cabelos new-wave, cintos metaleiros, rock punk, e entre outros, os travestis.


DO SACROSSANTO NÃO AO ZERO PATAFÍSICO

Entre as sociedades pós-modernistas, existiam diferenças em relação à arte.
Foi mudada, destruída, a estética tradicional, e impunha-se a representação realista da realidade, que supunha que a literatura ou a pintura espelhava ponto por ponto o real.
A arte devia ser uma ilusão perfeita do real.
O modernismo é a crise da representação realista do mundo e da arte.
Novas linguagens deveriam surgir, para não apenas representar mais interpretar livremente a realidade, segundo sua visão, diferenciando a arte da realidade.
Esta linguagem deveria ser nova e não imitativa, onde daí nasce o formalismo e o hermetismo da arte moderna, que são um jogo de formas inventadas.
Elas não se referem, deformando ou banindo o real, ela cria formas novas e auto referenciadas, elas formam seus próprios assuntos, como: Linhas, cores, volumes e composição.
Os modernistas não estavam sós à frente “do novo”, estavam também contra ao publico burguês, eram boêmios, bizarros e críticos, queriam e gostavam de “aparecer”, expunham suas emoções e suas visões subjetivas e declaravam-se anjos condutores da humanidade.
Foi na época das guerras que os expressionistas explodem seus sentimentos, em borrões, os surrealistas dão vida ao sonho com humor ou terror, na poesia quebram a sintaxe, usam imagens irracionais, soltam as palavras em liberdade. E os enredos realistas, na música, injetam harmonias dissonantes onde na primeira audição são desagradáveis.
A arte modernista se resume como uma arte irracional, emotiva, humanista.
Na arquitetura a escola Bauhaus, fará triunfar a racionalidade funcional contra o ornamento clássico, projetando com ferro, concreto, vidro, e ângulos retos, as megalópoles atuais.
Com o passar do tempo a impulsividade modernista havia perdido o seu impolamento inicial, a sociedade industrial incorpora no design, na moda, nas artes gráficas não só a estética como o culto do novo pregado pelas vanguardas, era usada em objetos, literatura, decoração; a assimetria e desenhos abstratos.
Foi com o descaso da sociedade de massa que surgiu a arte Pop, que foi contra o subjetivismo e o hermetismo, surgindo assim a primeira bomba pós-moderna.
Convertida em antiarte, ela abandona museus, galerias, e teatros e é lançada nas ruas com outra linguagem, assimilável pela massa, onde é passada a dar valor a arte “banal” cotidiana, como os gibis, rótulos, sabonetes, fotos, anúncios,...
Na pintura e na escultura Pop, houve a fusão da arte com a vida, onde não queriam representar o realismo, e nem interpretar, mas mostrar os verdadeiros objetivos.
A antiarte é a desestetização e a desdefinição da arte, ela abandona a beleza, a forma, o valor ao supremo e eterno e ataca a própria definição, utilizando matérias do cotidiano e abandonando os convencionais.
O artista Pop dilui a arte na vida porque a vida já esta saturada de modelos estéticos massificados.
A antiarte é uma ponte entre a arte culta e a arte de massa, pela singularização do banal, ou pela banalização do singular.
Ela também revive o dadaísmo, pois o importante era o gesto, o processo inventivo e não a obra.
A antiarte é participativa, o público reagindo pelo envolvimento sensorial, corporal, pois ela se apóia nos objetos, na matéria, no momento, no riso e não somente no homem, ela ´e pouco critica, não aponta valores.
Na literatura, o pós-modernismo prolonga a liberdade de experimentação e invenção modernista, mas com algumas diferenças do modernismo, pois eles queriam a destruição da forma romance e querem a o pastiche, a parodia, o uso de formas gastas e de massa, surgi o nouveau roman que destrói a forma romance banindo o enredo, o assunto e o personagem
A literatura pós-moderna é intertextual, para lê-la, é preciso conhecer outros textos.


ANARTISTAS EM NULIVERSO

A “desordem”, da antiarte que não apresenta propostas definidas e nem coerentes, onde os estilos se chocam, pelas suas diferenças, as tendências mesmo assim se sucedem com rapidez. Não há grupos ou movimentos unificados, onde surge a transvanguarda (alem da vanguarda).
Nas artes o pós-modernismo apareceu primeiro na arquitetura, na Bauhaus seu dogma era “a forma segue a função”, onde a reação pós-modernista era contra o estilo universal modernista (Bauhaus), os pós modernistas se voltam para o passado resgatando os conceitos passados mais utilizando materiais diferenciados para criarem uma arquitetura que falasse a linguagem cultural das pessoas.
Eles barateavam os projetos e suas execuções, resgatavam valores simbólicos, organizavam o espaço e eram prestigiados com o retorno dos estilos passados.
Colocavam, humor, emoção, buscavam vida com as cores e mantiam o equilíbrio combinatório de linhas e formas curvas com linhas e formas oblíquas, dava-se alegria e fantasia.
Nos móveis aparecem com desenhos fantasiosos e revestimentos em cores berrantes, o ecletismo rompe a fronteira entre o bom e o mau gosto.
A arte Pop foi a primeira expressão pós-moderna nas artes plásticas, objetos e imagens tiradas do consumo popular entravam em cena.
No Brasil a Pop arte estará ligada na transformação da paisagem urbana e social do país após o golpe militar.
O hiper-realismo ou foto-realismo é uma forma de arte Pop e pós-moderna, pois copiam minuciosamente em tinta acrílica, fotografias de automóveis, paisagens, fachadas,...Que depois são apresentados em tamanho natural ou monumental.
A foto-realista no Brasil teve um abandono, na escultura, as peças hiper vêm cobertas com matérias reais como, roupas, óculos, celofane, etc, e não representados com tintas acrílicas.
A antiarte pós-moderna inventou a minimal art, onde a teoria dizia: vamos tirar os traços estéticos do objeto artístico e reduzi-lo a estruturas primarias, apenas aquele mínimo que, de longe, lembra arte.
A Pop e a minimal desdefinem, desestetizam a arte, mas mantém seu objeto; a arte conceitual dá um passo a mais em direção ao vazio pós-moderno, desmaterializa a arte ao dar sumiço em seu objeto. Grandes ou pequenas, boas ou más, pinturas e esculturas são supérfluas. Só interessa a idéia, a criação mental do artista registrada num esboço, esquema ou frase.
“Se a arte é linguagem, ela pode ser reduzida a frases simples e diretas que valham por um objeto”.
“Um trabalho artístico deve ser compreendido como um fio condutor da mente do artista para a mente do espectador”.
A antiarte pós-moderna se desestetiza porque a vida se acha estetizada pelo design, a decoração. Os ambientes atuais já são arte e assim pintura e escultura podem se fundir com a arquitetura, a paisagem urbana, tornando-se fragmentos do real dentro do real.
O acontecimento é a intervenção preparada ou de surpresa do artista no cotidiano, não através da a obra, mas fazendo da intervenção uma obra. É o Maximo de fusão arte/vida como querem os pós-modernos, pois utiliza a rua, a galeria, pessoas e objetos que estão na própria realidade para desencadear um acontecimento criativo. É uma a provação com o publico, mas amplia sua percepção do mundo onde vive.
Houve outras manifestações artísticas, o op-art, arte cinética, arte pobre, arte da terra, mas os movimentos vieram com o essencial do pós-modernismo; comunicação direta, fusão com estética de massa, matérias não artísticos, objetividade, antiintelectualismo, anti-humanismo, superficialidade, efemeridade.
Mas com o cansaço de tanta experimentação o pós-modernismo enfrentou cara a cara sua verdade, onde a invenção parecia estar esgotada.
A solução foi voltar ao passado pela paródia, o pastiche, e o neo-expressionismo, ou então se atolar no presente.
Na literatura, o noveau roman vem tentando matar o romance. Para isso ele se recusa o realismo, recusa o enredo com começo, meio e fim, o herói metido em aventuras, o retrato psicológico e social a mensagem política ou moral. Contra o modernismo, ele quer valorizar os objetos, que são analisados pelo olhar como câmara cinematográfica, embaralha a ordem espacial e temporal dos acontecimentos, pretendem dizer que a realidade atual é impenetrável e desordenada.
Na literatura como nas demais artes, o pós-modernismo é um monte de estilos convivendo sem brigas no mesmo saco.
No Brasil a literatura apresenta apenas traços superficiais.
Na música, dança, teatro e no cinema, há quebras do formalismo surgem letras de músicas descontraídas, bailarinas gorduchas, altos efeitos especiais que nostalgia onde sempre reina o ecletismo e o minimalismo.
O pós-modernismo produz uma desordem fértil, sem preconceitos, sem hierarquias onde não há regras absolutas e que rompe as barreiras entre os gêneros.


ADEUS ÀS ILUSÕES

O pós-modernismo desembarcou na filosofia de uma mensagem demolidora, mas os filósofos ocidentais disseram as coisas num determinado modo: “Desconstruir o discurso não é destruí-lo, nem mostrar como foi construído, mas por a nu o não dito por trás do que foi falado. Com os pensadores pós-modernos, a filosofia e a própria cultura ocidental caíram sob um fogo cerrado”.
Alguns filósofos pós-modernos não querem restaurar os valores antigos, mas desejam revelar sua falsidade e sua responsabilidade nos problemas atuais, para isso eles lutam em duas frentes:
1- Desconstrução dos princípios e concepções do pensamento ocidental, promovendo a critica da tecnociência e seu casamento com o poder, o sistema.
2- Desenvolvimento e valorização de temas antes considerados menores ou marginais em filosofia, elementos que abrem novas perspectivas para a liberação individual e aceleram a decadência dos valores ocidentais.
Nietzsche entrou em moda, ele entrou fundo no niilismo, onde ele agride a razão, o estado, a ciência, a organização social moderna por domesticarem o homem; suas criticas desconstrutivas vão ser desmascaradas, o fim, unidade, e a verdade, pa ra ele a própria criação de valores supremos significou o niilismo, ela acha que o niilismo será a fonte para uma transvaloração de todos os valores.
Para superar o niilismo, a transvaloração de todos os valores perseguida por Nietzsche ergueria uma cultura voltada para o prazer na alegria, o corpo integrado a imaginação poética, a arte, em suma.
Eclético por natureza o pensamento pós-moderno cruzou varias posições o filosofo Gilles Deleuze e o psicanalista Félix Guattari bagunçaram as idéias contemporâneas com um petardo chamado O antiédipo. A sociedade e individuo eram uma coisa só, máquinas desejantes, onde a idéia de que a máquina desejante era a filha do cruzamento da sociedade capitalista com o inconsciente individual.
Outros filósofos achavam o niilismo um barato, pois libera o individuo das velharias e alimenta seu desejo de personalização e responsabilidade por si mesmo, num mundo sem Deus nem o Diabo.


A MASSA FRIA COM NARCISO NO TRONO

Nos anos 80 o pós-modernismo chegou aos jornais e revistas, caiu, na boca da massa.
Esta massa, consumista, narcisista, hedonista, com estilos de vida cheio de modismo, idéias, gostos e atitudes, sempre voltado para a extravagância e o humor.
O pós-modernismo se preocupava muito com o presente, onde muitas vezes ocorreram problemas porque, como ele seduzia a massa, o indivíduo era “obrigado” a consumir, movido pelo domínio da sedução que o envolvia.
Eram grandes as quantidades de informações que o pós-modernismo trazia, sendo que na maioria das vezes inúteis, pois os indivíduos foram se tornando passivos, dependentes da tecnologia e da mídia, os tornando inseguros e limitados em seus desejos, porque a mídia, a propaganda, a moda determinava seus limites.
Os valores eram muitos, as variedades eram diversas, para todos os gostos e vontades, e a idéia do pós-modernismo era realmente criar um mundo sem limites, e voltado para o prazer do consumo.
Para ele só o presente é importante, pois os valores são o que está acontecendo e não o que foi, ou melhor, o que já se passou.
Não há diferenciação entre religião, política, ideologias, família, etc, o pós-modernista crê na realização pessoal, o neo-individualismo.
O individuo se torna narcisista e é atingido pela dessusbstancialização, falta de identidade, onde tudo é descartado, o que prevalece é o modismo e as vontades de cada um.


DEMÔNIO TERMINAL E ANJO ANUNCIADOR.

Foram tantas as mudanças nas ciências, tecnologia, nas artes, no pensamento, no social, que o pós-modernismo se instalou de uma grande forma que foi formado uma teia no cotidiano da massa.
Ele teve um “des”, um principio esvaziador, como por exemplo:
Des – refencialização do real.
Des – materialização da economia.
Des – estetização da arte.
Des – construção da filosofia.
Des – politização da sociedade.
Des – substancialização do sujeito.
E outros,...
E com qual resultado?
Dará o zero da representação, não se pode representar o fim da representação!
O pós-modernista vive a irrealidade, niilismo, onde o mundo para ele se resume em: consumo, informação, moda, individualismo, sem uma identidade definida, e nem definitiva.


CONCLUSÃO

O pós-modernismo é tudo o que se refere ao novo foi quando ocorreu a total mudança, ou melhor, uma mudança geral, em quase todos os aspectos, desde, nas artes até nas ciências.
Ele é individualista, liberto de crenças, medos, preconceitos, pelo contrario, foi uma fase de se colocar idéias e pensamentos livres de objeções.
Com isso o pós-modernismo invadiu o mundo dos indivíduos, através da mídia, da tecnologia, da eletrônica, enfim das informações em massa, levando e seduzindo o individuo ao um consumo frenético.
Ele encarna vários estilos de vida e de filosofia, mas com a total ausência de valores, mas por outro lado o pós-modernismo tem a participação do publico, é de fácil compreensão e vivencia o real, o presente, o aqui e o agora.
O pós-modernismo é indefinível, mais é sensível, liberto, e ao mesmo tempo integrado, e aceito pela massa, devido a sua “simplicidade” e facilidade de expor o seu significado.

Por: Renan Bardine
in Cola da Webncipio esvaziador, como por exemplo:
Des – refencialização do real.
Des – materialização da economia.
Des – estetização da arte.