terça-feira, 5 de abril de 2011
Juan Ramón Jimenez
Nome completo Juan Ramón Jiménez Mantecón
Nascimento 23 de dezembro de 1881
Moguer
Morte 29 de maio de 1958 (76 anos)
San Juan
Nacionalidade Espanhol
Ocupação Poeta
Prêmios Nobel de Literatura (1956)
Juan Ramón Jiménez Mantecón (Moguer, 23 de dezembro de 1881 — San Juan, 29 de maio de 1958) foi um poeta espanhol. Por sua oposição ao regime franquista foi obrigado a exilar-se nos EUA, no ano de 1936. Recebeu o Nobel de Literatura de 1956.
Sua obra teria grande influência sobre a poesia de vanguarda espanhola, a chamada geração de 1927, a qual incluia Federico Garcia Lorca e Rafael Alberti.
Ainda que mais velho que os poetas de 1927 e pertencente a uma geração anterior de poetas, Jiménez uniu-se aos autores da dita vanguarda espanhola, sendo considerado um mestre de muitos deles, como Jorge Guillén.
Sua obra começa oficialmente em 1908 com influências de Gustavo Adolfo Bécquer, do Simbolismo francês, do Decadentismo de Walter Pater e do Modernismo castelhano de Rubén Darío; sua obra mais popular desta fase, na Espanha, no entanto, é "Platero y yo", de 1914, um livro de poesia em prosa.
A partir de 1916, Jiménez passa por uma mudança na sua produção poética, sofrendo influência de poetas de língua inglesa, como William Blake, Emily Dickinson, Yeats e Shelley, se unindo a um grupo de pensadores e artistas espanhóis que é classificado como "Novecentismo", uma geração pré-vanguardista. Desta fase, o livro mais importante e inovador é "Diario de un poeta recién-casado", de 1916, aquele que na sua obra o aproximaria da vanguarda de língua espanhola. A partir de 1919, com "Piedra y cielo" o poeta passa a explorar o tema da criação poética como atividade, o poema como uma obra de arte e o poeta como um deus-criador de um universo novo, idéias centrais do Criacionismo de Vicente Huidobro.
A partir de 1937, o poeta entra em uma nova fase, com seu exílio, na qual se torna místico e passa a buscar por Deus, um período que culmina com a morte de sua esposa, depressão profunda do autor e sua morte dois anos após a morte da esposa.
Inteligência, Dá-me o Nome Exacto das Coisas
Inteligência, dá-me
o nome exacto das coisas!
... Minha palavra seja
a própria coisa,
criada por minha alma novamente.
Que por mim cheguem todos
os que não as conhecem, às coisas;
que por mim cheguem todos,
os que já as esquecem, às coisas;
que por mim cheguem todos
os próprios que as amam, às coisas...
Inteligência, dá-me
o nome exacto, e teu,
e seu, e meu, das coisas.
Juan Ramón Jiménez, in "Eternidades"
Tradução de José Bento
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