quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Júlio Resende

Diplomou-se em Pintura em 1945 pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde foi discípulo de Dórdio Gomes. Fez a sua primeira aparição pública em 1944 na I Exposição dos Independentes. Em 1948 partiu para Paris, recebendo formação de Duco de la Haix e de Otto Friez. O trabalho produzido em terras gaulesas é exposto em Portugal em 1949 e as propostas actualizadas que Resende demonstra são acusadas pelos artistas portugueses, definindo a sua vocação de expressionista. Assimilou algum cubismo, vai construir na sua fase alentejana, e mais tarde no Porto, uma pintura caracterizada pela plasticidade e dinâmica, de malhas triangulares ou quadrangulares, aproximando-se de forma progressiva da não figuração. Do geometrismo ao não figurativismo, do gestualismo ao neofigurativo, a sua arte desenvolve-se numa encruzilhada de pesquisas, cuja dominante será sempre expressionista e lírica. Pintor de transição entre o figurativo e o abstracto, Resende distingue-se também como professor , trazendo à escola do Porto um novo espírito aos alunos que a frequentaram na década de 1960.


A obra pictórica de Júlio Resende revela que ele compreendeu a pintura europeia, porque a observou, experimentou e soube transmitir aos pintores e aos alunos que ele formou na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.

Morreu, no dia 21 de Setembro de 2011, aos 93 anos.


 Principais obras

Caminhantes (1950)

Lavadeira (1951)

Mendigos (1954)

Moça (1982)

Ribeira Negra (1984)

 Prémios
Júlio Resende, devido à sua vasta obra, foi agraciado com vários prémios, entre os quais:

Prémio Nacional de Pintura da Academia de Belas-Artes.

Prémio Armando de Basto .

Prémio Sousa Cardoso.

Prémio Especial da Bienal de Arte de S. Paulo.

Primeiro lugar no Concurso para o Monumento ao Infante D. Henrique (com o projecto Mar Novo).

Medalha de prata na Exposição Internacional de Bruxelas.

1.º Prémio de Artes Gráficas na X Bienal de S. Paulo e Ordem de Mérito Civil do Rei de Espanha (1981).

Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1997).

 Memórias“... Mas eu queria, efectivamente, ser pintor! Talvez o destino me tenha proporcionado o primeiro passo. Aurora Jardim, figura conhecida nos meios literários e jornalísticos do Porto, intercedera junto do pintor Alberto Silva que dirigia, então, a Academia Silva Porto, para que eu viesse a frequentar as lições de pintura aí ministradas. Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras." - Júlio Resende

in wikipédia

1 comentário:

Anónimo disse...

Ficámos mais pobres.

LUIZ