terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

LIBERDADE – Carlos Marighella


LIBERDADE
Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome”
São Paulo, Presídio Especial, 1939
Via: voar fora da asa http://bit.ly/2SVR2qs

1 comentário:

vieira calado disse...

Boa noite!

Estou de volta aos blogs, após longa ausência.

Gostei do seu poema.

Saudações poéticas!