sábado, 16 de janeiro de 2010

Ruan Ramón Jimenez




Criar-me, recriar-me, esvaziar-me, até
que o que de mim um dia, morto, vá
para a terra, não seja eu; enganar honradamente,
plenamente, com vontade firme,
o crime, e deixar-lhe este espantalho negro
do meu corpo, como sendo eu!
E esconder-me,
a sorrir, imortal, nas margens puras
do rio eterno, árvore
- num poente imarcescível -
da imaginação mágica e divina!


Ruan Ramón Jimenez, 1923?
Nobel de Literatura (1956)

2 comentários:

Anónimo disse...

Não li nada deste autor.

O poema está irrepreensível.

Saudações

Bípede Implume disse...

Querida Meg
Do Juan Ramón Jimenez, só conheço e tenho, um livrinho chamado "Platero y Yo" que li às minhas filhas quando eram pequenas.
Um livro delicioso.
Beijinhos.
Isabel