Ruan Ramón Jimenez
Criar-me, recriar-me, esvaziar-me, até
que o que de mim um dia, morto, vá
para a terra, não seja eu; enganar honradamente,
plenamente, com vontade firme,
o crime, e deixar-lhe este espantalho negro
do meu corpo, como sendo eu!
E esconder-me,
a sorrir, imortal, nas margens puras
do rio eterno, árvore
- num poente imarcescível -
da imaginação mágica e divina!
Ruan Ramón Jimenez, 1923?
Nobel de Literatura (1956)
2 comentários:
Não li nada deste autor.
O poema está irrepreensível.
Saudações
Querida Meg
Do Juan Ramón Jimenez, só conheço e tenho, um livrinho chamado "Platero y Yo" que li às minhas filhas quando eram pequenas.
Um livro delicioso.
Beijinhos.
Isabel
Enviar um comentário