quarta-feira, 20 de julho de 2011

George Pèrec

Seu pai, Icek Perec (1909-1940), e sua mãe, Cyrla Szulewicz (1913-1943), ambos judeus de origem polonesa, casaram-se em 1934. Georges Perec nasceu em Paris a 7 de março de 1936.


Icek Perec morre no front em junho de 1940. Em 1941, um trem da Cruz Vermelha leva Georges Perec a Villard-de-Lans, onde ele passará o restante da guerra com alguns parentes de seu pai. Sua mãe desaparece em 1943. Ele volta a Paris em 1945 onde é adotado por sua tia Esther Bienenfeld e seu marido e onde frequenta a escola.

Presta serviço militar em Pau como paraquedista. Casa-se em 1960 com Paulette Pétras e parte para a Tunísia, voltando no ano seguinte. Em 1962, torna-se documentalista em neurofisiologia no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica). Em 1965, ganha o Prêmio Renaudot com seus livro Les choses (As coisas) e em 1967 entra para o OuLiPo. Em 1978, publica La Vie mode d'emploi (A vida: modo de usar) e com o sucesso deste livro deixa seu trabalho para se consagrar inteiramente a literatura.

Passa os últimos 6 anos de sua vida com a cineasta Catherine Binet,tendo produzido o filme Les Jeux de la comtesse Dolingen de Graz. Morre de câncer nos brônquios em 3 de março de 1982 e é enterrado no Cemitério do Père-Lachaise. Possui uma série de textos publicados postumamente.

 Obra
Boa parte das novelas e ensaios escritos por Perec estão permeados de engenhosos jogos de palavras, exercícios de escrita constrangida e reflexões sobre a questão da categorização.

Georges Perec torna-se conhecido desde a publicação de seu primeiro romance, Les Choses. Uma história dos anos 1960, publicada por Maurice Nadeau na coleção Lettres Nouvelles da editora Julliard. Esta obra que retrata um tempo na fronteira da sociedade de consumo.

Tendo assinado um contrato com a editora Denoël para seus três próximos livros, supreende com a obra seguinte Quel petit vélo à guidon chromé au fond de la cour?. A crítica não vendo neste livro o autor que conhecia, acaba por não lhe reservar os melhores comentários.

O romance seguinte, Un Homme qui dort, é um retrato da solidão urbana inspirado tanto por Kafka quanto por Bartleby de Melville, acabando de classificar Perec na categoria dos inclassificáveis. O que o lançamento de La Disparition acaba por confirmar. Além da extravagante proesa lexicográfica deste romance lipogramático (La disparition é um romance onde desaparece a letra e, vogal mais utilizada no francês) as contorções a que a língua é submetida neste romance são a altura da sua temática: a ausência e a dor que ela causa.

Como outros autores dos anos 1960, Perec tem igualmente uma atividade radiofônica. Lança na Alemanha sua peça intitulada Die Maschine (com Eugen Helmlé), obtendo grande sucesso. Escreve ainda mais quatro peças que serão ainda apresentadas em teatro na França.

Após o lançamento de La disparition, Georges Perec publica em co-autoria um tratado sobre o Go, jogo que praticava frequentemente.

in Wikipédia  

Livros em português:

A Arte e o Modo de Abordar o seu Chefe de Serviço para lhe Pedir um Aumento

Editorial Presença
 
A Vida Modo de Usar
Ed. Presença

Um Homem Que Dorme
Ed. Nova Fronteira

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