Declina o dia.
A chuva, represa,
Solta-se, dura e fria.
Sinto-me vago e desassossegado.
Sem pressa de escolher a palavra certa
Que acerte com um mundo decepado.
De quantos ideais se faz um rumo?
De quantas crenças se faz a miragem?
Véus, labirintos, fumo..
Declino a esperança.
Quantas vezes te chamei pelo nome?
7 comentários:
Zé,
Um bonito poema, talvez um pouco melancólico...
Que a esperança nunca decline, meu caro!NUNCA!
Um abraço
a plavra «esperança» é declinável no sentido da gramática.Declina-se como se declina um verbo. Daí o significado do último verso.Apelei a ela pelo seu nome próprio...terei que a chmar por outros nomes?
Tomei declino por declina...
É óbvio o erro. Mea culpa.
Talvez.
Estados de alma, assim, assim.
A Esperança é uma mera palavra, sem substância. Nem sequer é um sentimento. O único sentimento que lhe está na base é o medo. O resto é produto da imaginação: «espero ganhar a lotaria».A chamar por ela (à espera dela)é como acreditar em bruxarias, cartomantes...
Que tenha longa vida
este novo espaço cultural!
Bom fim de semana
Obrigado Vieira Calado. Abraço.
Eis um poema adequado ao dia de chuva de hoje...
Uma noite boa.
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